Erros a evitar ao escolher ferramentas de gestão da sustentabilidade

Neste artigo, apresentemos-lhe algumas das armadilhas mais comuns que as empresas devem evitar ao escolherem um software de gestão da sustentabilidade, também conhecidos como software ESG

Por Linda Rosencrance

Selecionar ferramentas que não são escaláveis

“A escalabilidade é uma das armadilhas mais comuns que identificamos nas conversas com os utilizadores finais, e aquilo a que os aconselhamos a prestar atenção”, afirma Aapo Markkanen, vice-presidente e analista da Gartner. “Estas ferramentas podem parecer bastante atraentes quando são implementadas como prova ou conceito ou na fase piloto, mas conseguir escalá-las a um nível global para cobrir todas as operações [de uma organização] é um desafio.”

Não ter em conta que ainda é cedo para o software ESG

Amy Cravens, gestora de investigação da IDC, alerta as empresas para o facto de que a maioria das ferramentas de gestão da sustentabilidade só está no mercado há cerca de dois anos. “Uma vez que muitas das capacidades ainda estão a ser desenvolvidas, é muito difícil, nesta altura, decidir qual será a melhor solução a longo prazo – qual terá maior longevidade e quais terão as melhores funcionalidades – porque ainda estão, na sua maioria, em fase de desenvolvimento. Por isso, é difícil para as empresas determinar qual será a melhor solução daqui a dois anos”, afirmou.

Cravens aconselha as organizações a procurarem produtos de fornecedores com uma presença estabelecida no mercado. Embora isso não exclua as empresas jovens, as organizações devem identificar fornecedores com bases sólidas de clientes e parceiros e que tenham um forte financiamento, como a Persefoni, disse ela.

“Os grandes ISVs [fornecedores independentes de software] e os hyperscalers que estão a entrar no mercado, embora as suas soluções sejam jovens e ainda estejam em desenvolvimento, têm os recursos necessários para avançar rapidamente e não correm alguns dos riscos dos fornecedores em fase de arranque”, afirmou.

Em conclusão, Cravens recomenda: “identifique os fornecedores que manifestaram um compromisso de longa data com a sustentabilidade, como a IBM ou a SAP, uma vez que são frequentemente os mais empenhados no desenvolvimento de soluções e na afetação de recursos a estes produtos.”

Não assentar as prioridades nas capacidades organizacionais e no sector

Abhijit Sunil, analista sénior da empresa de investigação Forrester, destaca que muitas destas ferramentas oferecem uma grande variedade de funcionalidades e, por isso, as organizações devem selecioná-las com base no seu sector de atividade e na sua base atual. “Por exemplo, algumas têm equipas internas de sustentabilidade muito avançadas e já têm os seus processos implementados, enquanto outras ainda nem sequer começaram”, disse ele.

Igualmente importante é determinar o historial do fornecedor no seu sector. “Se estiver na indústria automóvel, deve verificar se a ferramenta tem boas referências nessa indústria”, disse Sunil. “Também deve perceber se trabalharam com outras empresas do sector automóvel no passado e se aperfeiçoaram as suas ferramentas para trabalhar com os tipos de dados relevantes para a indústria automóvel.”

Não ter em conta os requisitos futuros

Uma vez que os regulamentos e os enquadramentos estão em constante mudança, é importante que as empresas escolham ferramentas de gestão da sustentabilidade que se adaptem facilmente a quaisquer alterações.

Autores

Artigos relacionados

O seu comentário...

*

Top