Enormes lacunas de competências em cibersegurança colocam em risco organizações em todo o mundo

Para ajudar a colmatar a lacuna de competências, os líderes acreditam que a requalificação e a formação dos membros da sua equipa, tais como o ensino de como desempenhar novas funções, são as melhores vias para o sucesso.

Por João Miguel Mesquita

O relatório “Global de CyberSecurity 2023” publicado pela Hays, mostra quemais de dois terços dos líderes inquiridos relataram que acontecimentos globais recentes, tais como conflitos geopolíticos e a pandemia, afetaram o perfil de risco cibernético da sua organização e 84% destes líderes relataram que a sua organização sofreu um ataque de phishing em 2022. Isto levou a que os colaboradores se tornassem mais conscientes das potenciais ameaças, uma vez que 77% dos líderes relataram que a consciência da cibersegurança é maior do que em 2019.

Quando perguntados se o investimento em cibersegurança tem sido mais fácil de assegurar desde a pandemia, apenas 17% dos líderes discordaram desta questão. No entanto, quase metade espera uma alteração mínima do seu orçamento de IT em 2023. Como resultado, 68% destes líderes de cibersegurança disseram estar preocupados com o nível de investimento em segurança e com o seu orçamento de IT.

A escassez de competências está a ter impacto na segurança

Como a procura de profissionais de cibersegurança supera a oferta, 90% dos líderes inquiridos afirmaram que a falta de competências disponíveis está a afetar a sua implementação de segurança. Se o talento experiente não estiver prontamente disponível, as organizações têm de encontrar novas formas de preencher estas funções. Mais de metades dos líderes afirmaram que é provável que contratem trabalhadores que não possuem credenciamentos formais como uma forma de ultrapassar as lacunas nas suas equipas.

Para ajudar a colmatar a lacuna de competências, os líderes acreditam que a requalificação e a formação dos membros da sua equipa, tais como o ensino de como desempenhar novas funções, são as melhores vias para o sucesso. 71% destes líderes afirmaram que a sua organização investe na formação dos colaboradores em competências de cibersegurança. 

Para James Milligan, Global Head of Technology Solutions at Hays, “o nosso inquérito revela que contratar e reter o talento da cibersegurança é uma prioridade para as organizações que são cada vez mais confrontadas com ameaças mais complexas e sofisticadas. Num mercado com poucas qualificações, os líderes precisam de recorrer a soluções inovadoras – mas comprovadas – tais como a requalificação de competências ou a consideração de talentos inexplorados.

A atualização das competências existentes não só garante que as organizações têm, prontamente, as competências de que necessitam, mas também sabemos que fornecer recursos de aprendizagem é uma estratégia valiosa de retenção. Outras soluções que aconselhamos aos nossos clientes incluem a contratação de profissionais que não têm a experiência ou o conjunto completo de competências, mas as competências transferíveis adequadas, ou a consideração de profissionais com as competências, mas que enfrentam barreiras na entrada no local de trabalho, tais como talentos neurodivergentes, pessoas de meios socioeconómicos mais baixos ou aqueles que vivem com uma deficiência.”

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