Apenas 44% das equipas de dados e análises sabem como fornecer valor à sua organização, de acordo com um relatório da Gartner, que salienta que estes departamentos devem concentrar-se na presença, persistência e desempenho para alcançar sucesso e resultados mensuráveis e comercializáveis.

Além disso, 43% das pessoas que se classificaram a si próprias como “eficazes” ou “muito eficazes” gastaram mais tempo no seu próprio desenvolvimento profissional, em comparação com 19% das pessoas com baixo desempenho.

“As funções de dados e de análise têm de gerar valor para todos os intervenientes”, diz Donna Madeiros, analista sénior da consultoria. “Os mais bem-sucedidos são projetar uma presença executiva e criar equipas ágeis e estratégicas que moldam o desempenho e a excelência empresarial”.

Entretanto, diz o analista Alan Duncan, “é preciso criar líderes de elite. Os gestores de alto desempenho investem no seu sucesso desenvolvendo as competências para prosperar em circunstâncias ambíguas, articulando histórias de valor convincente e identificando produtos e serviços que possam impulsionar o impacto empresarial.

Por sua vez, o inquérito concluiu que estes executivos têm uma vasta gama de responsabilidades, tais como definir e implementar estratégia (60%), supervisionar estratégia (59%), criar governança de dados (55%) e gerir a mudança cultural (54%).

Além disso, muitas funções departamentais estão a receber um maior investimento na gestão de dados (65%), governança de dados (63%) e análises avançadas (60%). O orçamento médio é de 5,41 milhões de dólares, e 44% das equipas aumentaram em tamanho no último exercício financeiro. 

Como principais desafios, a falta de talento é o principal impedimento ao seu sucesso, como disseram 39% dos inquiridos, seguido de falta de recursos, desafios culturais ou falta de autoridade para executar as responsabilidades da equipa.

Desempenho deve estar ligado à estratégia empresarial

Finalmente, o estudo explica que 78% classificam a estratégia e visão empresarial como uma das três principais entradas de dados e estratégia analítica. Além disso, 68% dão prioridade a iniciativas baseadas no alinhamento com objetivos estratégicos. “Os líderes que dão prioridade à estratégia em detrimento da tática são os mais experientes”, diz Duncan. “Porque têm de servir múltiplos intervenientes em toda a empresa, devem alinhar-se com as prioridades organizacionais e concentrar-se em vender a sua divisão a CEO, CIO e CFO como influenciadores chave.