Enfrentar os desafios do novo paradigmas tecnológicos!

Diria que as vantagens das novas tecnologias estão como que a “obrigar” as empresas a adaptar-se e modular a monitorização dos SIs.

Por Armando Pinho, da EasyVista 

Tradicionalmente, a monitorização dos sistemas de IT recolhe dados técnicos de equipamentos como servidores, unidades de armazenamento, equipamentos de rede, etc., e estes dados, por sua vez, fornecem informações sobre o estado da infraestrutura, o nível de utilização e a disponibilidade de recursos, para que as equipas de operações possam tomar as decisões mais adequadas. Sendo de assinalar que essa monitorização pode ser ainda mais eficiente, se aproveitarmos fontes de dados cada vez mais abrangentes vinculadas ao surgimento de novas tecnologias.

Diria que as vantagens das novas tecnologias estão como que a “obrigar” as empresas a adaptar-se e modular a monitorização dos SIs. 

É o caso do desenvolvimento na cloud: as organizações devem monitorizar os dados alojados em servidores separados e controlar os recursos computacionais físicos e virtuais. A cloud tem um impacto direto no controlo e na visibilidade sobre os dispositivos.

Além disso, muitas empresas têm optado por uma abordagem dita híbrida, em algumas das suas aplicações na cloud e nos seus próprios servidores. 

Na verdade, manter o controlo sobre todas as aplicações continua a ser fundamental, sendo que para quem gere as operações de IT isto traduz-se em novos desafios para as suas equipas.

As empresas do futuro não podem ser pensadas sem a IoT (Internet of Things), uma vez que um avultado número de objetos e sensores – gerando trocas de dados e informações – irão conectar-se ao SI das empresas. 

Até 2025, estima-se que 150 bilhões de objetos estarão interligados. O outro lado da moeda: estes objetos e fluxos de dados têm de ser monitorizados, daí a importância de os monitorizar e garantir o seu bom funcionamento. 

Há que ter consciência que uma IoT mal monitorizada pode expor as empresas a determinados riscos, danos, indisponibilidades, podendo reverter-se em impactos negativos para os seus negócios.

É fundamental ter também em consideração o desenvolvimento do Edge Computing que, perante a expansão massiva do volume de dados a serem monitorizados, permite processar as informações o mais próximo possível dos equipamentos e enviar somente as informações úteis para as aplicações na cloud. A supervisão do IT não pode perder isto, correndo o risco de perder dados importantes para a atividade da sua empresa, sobretudo porque o mercado do Edge computing até 2024 atingirá 9 bilhões de dólares, graças às tecnologias 5G, IoT e AI.

Defendo que a monitorização do IT se deve adaptar a todas estas novas tecnologias, de forma a oferecer aos utilizadores o melhor nível de serviço possível. E para isso, é fundamental optar por soluções ágeis, escaláveis, fáceis de usar e que economizem tempo às equipas, aumentando a sua eficiência.

No entanto, muitas empresas não possuem estrutura adequada para gerir conjuntamente a supervisão das aplicações de software, da rede de IT, da infraestrutura, da cloud etc. e, nestes casos, a solução pode passar pela implementação de um único software de supervisão ou mesmo um software de hipervisão, combinado com AI, o que ajudará a antecipar problemas e a destacar informações não visíveis de forma imediata aos seus colaboradores.

Segundo a Gartner, até 2022, 40% das grandes empresas combinarão big data e machine learning para aumentar ou substituir parcialmente a monitorização. A AI também ajuda a automatizar certas tarefas demoradas ou sem valor acrescentado (geração de tickets, consolidação de painéis etc.) para as suas equipas, que podem assim centrar-se no core do seu negócio principal: melhorar a disponibilidade do IT.

Sem ter que ir tão longe como a AI, é essencial a uma empresa poder ligar a sua ferramenta de monitorização ao resto do seu sistema de informação e às suas outras ferramentas de monitorização ou ITSM. E porquê? Porque esta interface dar-lhe-á uma visão global do seu equipamento e das suas aplicações. Ora, este é o primeiro passo para a hipervisão, ou seja, poder correlacionar todos os dados das diferentes soluções de monitorização.

Outro ponto importante: para se adaptar às mudanças tecnológicas no seu sistema de informação, deve optar por um software modular com recursos, que possa implementar conforme seja necessário. Lembre-se que a sua empresa é única, logo a sua ferramenta deve-se adaptar às suas necessidades específicas. 

Por fim, para além das principais funcionalidades do seu software de supervisão, é importante poder contar com um editor reativo. Isto significa encontrar respostas para as suas dúvidas, soluções para os seus problemas e poder beneficiar de um apoio rápido em caso de eventuais problemas. Lembre-se que, para uma supervisão de IT bem-sucedida, é necessário estabelecer uma parceria real com seu editor.

Em suma, agilidade e adaptabilidade são elementos-chave para uma monitorização de IT eficiente e o mais próximo possível das suas necessidades, não subestime, no entanto, o apoio e a escalabilidade da solução!

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