Para começar quatro smartphones e dois telemóveis com teclado, com preços PVP que vão dos 14,90 a 229,90 euros, e dois smartwatch. Até ao final do ano a família IKI irá crescer com mais dois smartphones e vai disponibilizar 15 acessórios.
Foi assim que a IKI Mobile, a marca portuguesa de equipamentos móveis, apresentou-se formalmente ao mercado. O palco escolhido foi o Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa, onde a empresa tem a sede, e não faltaram os convidados mediáticos.
Segundo, Tito Cardoso, CEO da IKI Mobile, disse que “a aposta é o preço baixo, mas com produtos fiáveis, de qualidade, com a última tecnologia e, respondam àquilo que as pessoas querem”, acrescentando que a empresa pretende ver a ter “produto ‘à medida’, em função das solicitações e sugestões e críticas e desejos dos nossos clientes”.
“Em 2018 temos a intenção de começar a produzir a nossa oferta numa fábrica, que ficará situada na região de Lisboa. Neste momento estamos a realizar aprofundados estudos para poder concretizar este nosso objectivo”.
O responsável adiantou que “no próximo ano vamos apostar em produtos mais high level. Mas, este ano é sobretudo muito importante perceber o que as pessoas querem. O nosso roadmap de produto tem muito a ver com o que os portugueses querem. E depois lançá-los para o mundo”.
Para o mês e meio que resta de 2015, a meta para o mercado português são 10 mil unidades, incluindo acessórios, e avançou que tem já contratos de 6 mil unidades no mercado internacional. Em 2016 tem como objectivo atingir uma quota de mercado em Portugal na ordem dos 10%, e espera que a principal das receitas tenham origem os mercados externos.
Ambição e estratégia global
A ambição de tornar a marca portuguesa presente e reconhecida a nível mundial está no ADN da empresa nascida há cerca de dois anos e meio, detida pela consultora Univercosmos, empresa do Grupo FF, que tem sede em Angola.
Segundo o CEO da empresa, “a IKI Mobile representa Portugal. A criação de uma marca nacional sempre foi uma ambição da empresa, não só pelo orgulho de ser português, mas também, pela análise do mercado, em que confirmámos que existe uma oportunidade de negócio nesta área, uma vez que o produto nacional tem muita expressão no mercado nacional.
E tem sido isso, que desejam produtos tecnológicos portugueses, que sentimos e verificámos junto das pessoas com os projectos realizados pela Univercosmos em vários países do mundo, nomeadamente, nos países da CPLP”. No entanto, e nesta fase inicial (2015/2016) “o objectivo é conquistar o mercado português”.
Break even e fábrica em Portugal
O responsável esclareceu também que nos últimos dois anos e meio, a empresa investiu cerca de 4,9 milhões de euros, e que o break-even da operação está previsto para Março de 2017. Nestas contas não entra o investimento a realizar na fábrica a construir até 2018 em Portugal, ano em que estará já a fazer a assemblagem dos equipamentos no nosso país.
Segundo Tito Cardoso, “em 2018 temos a intenção de começar a produzir a nossa oferta numa fábrica que ficará situada na região de Lisboa. Neste momento estamos a realizar aprofundados estudos para poder concretizar este nosso objectivo”, adiando que já estão em cursos negociações para o local.
A estratégia de ecommerce para a Europa apoia-se em parceiros logísticos como os CTT, no mercado português, e na TNT e Chronopost, no mercado europeu.
Na operação da IKI Mobile trabalham 26 profissionais nas áreas de gestão, financeira, prospecção, marketing, comercial e técnica. Em Shenzhen, na China, em parceria com uma empresa local, trabalham 22 colaboradores.
Go-to-market e parceiros logísticos
Tendo como mercado alvo o mercado o B2C e nele “todas as faixas etárias, uma vez que a variedade de produto uma escolha mais alargada, e a nossa oferta está pensada e dirigida para as diferentes necessidades dos utilizadores, dois 8 aos 80”, Tito Cardoso esclarece que a estratégia go-to-market será directa, através da plataforma ecommerce www.ikimobile.com, a qual “está preparada para vender em qualquer país da Europa”.
Esta estratégia de ecommerce para a Europa apoia-se em parceiros logísticos como os CTT, no mercado português, e na TNT e Chronopost no mercado europeu, “um mercado em que o comércio online está a crescer muito”, salienta o responsável.
Vamos querer estar no retalho, mas ainda não este ano. Primeiro vamos criar uma base de base confiança com o mercado (nacional e internacional), a partir da qualidade dos nossos produtos, serviços e assistência. Fará sentido o retalho quando acreditarem em nós. Quanto aos operadores, estão a apostar na marca própria. Poderá ter interesse mas terá de haver interesse de parte a parte”.
Em Dezembro, a disponibilidade chega ao Brasil e será posteriormente alargada a outros países da CPLP e a “países árabes, como os quais já temos contratos assinados”, não esclarecendo quais os países nem se o modelo comercial será idêntico ao previsto para o mercado europeu e brasileiro.
Retalho e operadores
De fora da estratégia comercial estão, pelo menos para já, retalhistas e operadores de telecomunicações. Tito Cardoso explica porquê. “Vamos querer estar no retalho, mas ainda não este ano. Primeiro vamos criar uma base de base confiança com o mercado (nacional e internacional), a partir da qualidade dos nossos produtos, serviços e assistência. Fará sentido o retalho quando acreditarem em nós. Quanto aos operadores, estão a apostar na marca própria. Poderá ter interesse mas terá de haver interesse de parte a parte”, acrescentando que “temos já tido alguns contactos”.