As empresas que evitam o uso de técnicas de análise de Big Data devido a possíveis perigos, como os de violação de segurança e privacidade, podem estar a criar um risco de outro tipo, segundo um novo estudo da ISACA. “Há riscos inerentes à implantação de Big Data, como garantir que as leis da privacidade não sejam violadas. Mas o risco da inacção pode ser muito maior, conforme uma empresa é ultrapassada pelos concorrentes que adoptam a técnica”, diz Norman Marks, um membro do comité de negócios e tecnologias emergentes da ISACA e autor do estudo.
O relatório “Generating Value from Big Data Analytics” convida os profissionais de TI a olharem para o Big Data de forma holística e tendo em conta o custo da inércia quanto à questão. Perceber o modelo de negócio é tão importante quanto a compreensão da tecnologia e do risco de falta de conformidade, afirma o estudo.
As empresas precisam de perceber a lógica empresarial para a adopção das referidas técnicas, o retorno esperado sobre o investimento e o impacto de decidir por não adoptar, enquanto os seus concorrentes o fazem. O relatório lista pelo menos três desafios capazes de prejudicar a capacidade de obter ganhos a partir de projetos de Big Data: défice de competências, silos de informação internos e a adopção de tecnologias sem o conhecimento do departamento de TI (“shadow IT “).
A maioria das empresas, não tem competências internas especializadas de análise, e esses são recursos que deverão continuar a ser e difíceis de encontrar, e caro de manter no curto e médio prazo. O problema dos silos, acontece especialmente em organizações com um histórico de competitividade, antagonismo ou resistência a influências externas: isso torna-os menos dispostos a partilhar informações ou a agir sobre a informação recebida.